Dados apontam sucesso econômico da Copa e projetam incentivo a negócios

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Dados divulgados esta semana já consolidam o sucesso da Copa do Mundo de Futebol no Brasil do ponto de vista econômico e de negócios, apesar de a oposição e setores da mídia, nos últimos meses, terem apostado no fracasso desses aspectos.

Um dos estudos mais importantes aponta para estimativas segundo as quais o maior evento do futebol mundial deve somar cerca de R$ 30 bilhões à economia do país. A pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) foi encomendada pelo Ministério do Turismo e feita a partir dos números consolidados durante a realização da Copa das Confederações no ano passado, que injetou R$ 9,7 bilhões ao PIB brasileiro.

O estudo indica que o impacto do Mundial será de, aproximadamente, três vezes o valor da Copa das Confederações, a partir de dados que incluem impactos iniciais, diretos, indiretos e induzidos na economia.

Porém, o próprio ministério calcula que a Copa do Mundo produz quase 1 milhão de empregos no país, o que representa mais de 15% dos 4,8 milhões de empregos formais criados ao longo do governo da presidenta Dilma Rousseff. Do total de vagas, 710 mil são fixas e 200 mil temporárias, mas todas com carteira assinada, segundo o governo.

Do ponto de vista dos negócios, a Copa proporcionou reuniões e encontros de empresários estrangeiros que não vieram ao Brasil apenas para assistir aos jogos e torcer para as seleções. A Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) promoveu ações e encontros durante a realização do torneio e trouxe mais de 2,3 mil empresários estrangeiros, que participaram de diversas atividades, como visitas a empresas e reuniões. O principal objetivo dessas atividades é a ampliação dos negócios.

Com a iniciativa de catalisar negócios a partir do “gancho” da Copa do Mundo, a Apex-Brasil acredita na geração de R$ 6 bilhões de dólares em exportações em 12 meses, o que equivale ao dobro do que foi gerado por ação semelhante promovida a partir da Copa das Confederações de 2013, realizada em seis sedes: Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador.

Antecipando-se em três anos à Copa no Brasil, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) criou, em 2011, um projeto de preparação de empresas para o evento. O projeto Sebrae 2014 foi promovido nas 12 cidades-sede da Copa e teve investimentos de R$ 90 milhões.

Segundo a entidade, 43.910 micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais procuraram o Sebrae e devem faturar mais de R$ 500 milhões adicionais em decorrência de terem se preparado para a oportunidade, disse o diretor-presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

“A gente tinha uma expectativa de que seria meio bilhão de reais. Passamos isso nesta semana e vamos divulgar um balanço após a Copa. É um sucesso”, afirmou Barretto, em coletiva no Centro Aberto de Mídia, no Rio de Janeiro.

“Trabalhamos a ideia de ter legados, de preparar a empresa, não só para faturar mais nos dias de Copa, mas para ter mais competitividade, mais qualidade e para que essas empresas sobrevivam no mercado, que é cada vez mais concorrencial”, acrescentou.

De acordo com o Sebrae, tiveram presença marcante no projeto os setores da construção civil, turismo e serviços, mas também economia criativa, artesanato, madeira e móveis, produção de alimentos, tecnologia da informação e comunicação, têxtil e confecções, couro e calçados, gemas e joias, e comércio varejista.

O comércio varejista, segundo dados divulgados pela Visa Inc., líder mundial do segmento de cartões de crédito, demonstra crescimento significativo nas compras. Relatório de turismo da Visa, que inclui crédito, débito e cartões de pagamento pré-pagos durante a Copa do Mundo, e registra os gastos durante a primeira fase do Mundial (de 12 a 26 de junho) revelam que as compras em algumas cidades-sede do evento cresceram muito mais do que 100% nos gastos de turistas.

Natal (RN) registrou aumento de 851%, Cuiabá (MT) de 963%, Curitiba (PR) de 167% e Manaus (AM) de 409%, na comparação com o mesmo período do ano passado. “O turismo internacional foi muito além das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, e levou torcedores atrás dos times, por todo o Brasil”, disse Rubén Osta, diretor-geral da Visa do Brasil.

Durante a fase de grupos do Mundial, as transações de turistas estrangeiros em compras com cartões chegaram a U$ 188 milhões, o que representa aumento de 152% em relação ao mesmo período do ano passado.

Nas 62 partidas disputadas nas 12 arenas até os jogos da semifinal, realizados esta semana, o público total somou 3.287.035 torcedores que assistiram aos jogos nos locais, média de 53.016 pessoas.

Transportes

Segundo levantamento preliminar feito Ministério do Turismo com base em informações da Secretaria de Aviação Civil, o avião é o principal meio de transporte dos turistas durante o Mundial. Desde o início da competição, o número de passageiros ultrapassou 10 milhões nos 20 principais aeroportos do país. Sem contar as cidades-sede de jogos da Copa, localidades específicas registraram grande afluência de estrangeiros.

O ministro do Turismo, Vinícius Lages, disse que a expectativa é de “ampliar em 20% o número de visitantes estrangeiros com o resultado dessa superexposição”. A estimativa também é baseada em dados tabulados após a Copa das Confederações. Na ocasião, mais de 70% dos turistas estrangeiros entrevistados afirmaram a intenção de voltar ao país neste ano, para a Copa do Mundo.

As Fun Zones, instaladas nos terminais de aeroportos de cidades-sede da Copa do Mundo, que abrigam turistas em trânsito, entre voos, registraram a presença de mais de 300 mil passageiros. Elas funcionarão até 20 de julho.

O Sindicato dos Taxistas Profissionais do Ceará (Sinditáxi) registrou aumento de 35% no faturamento durante o período de jogos da Copa do Mundo em Fortaleza, na comparação com o mesmo período do ano passado.

“Só no último jogo do Brasil, tivemos 1.425 táxis, cada um fazendo, em média, três viagens. No aeroporto, tivemos que agregar mais 68 carros aos 192 existentes para atender à demanda. Não temos do que reclamar”, contou o presidente da entidade, Vicente de Paula Oliveira.

Fonte: Portal Vermelho.

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