Dia do Trabalhador: bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte critica processo de impeachment contra a presidenta Dilma

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Centenas de trabalhadores e trabalhadoras participaram do ato público realizado na manhã deste domingo (1º), na Praça da Cemig, em Contagem, em homenagem ao Dia do Trabalhador. Após a manifestação, foi realizada a tradicional missa de São José, que este ano completou 40 edições.

O ato contou com a presença de dirigentes de centrais sindicais, como a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB); de sindicatos representativos de diversas categorias; do prefeito de Contagem, Carlin Moura; e de parlamentares, como a deputada federal Jô Moraes e o deputado estadual Geraldo Pimenta (PCdoB).

Em pronunciamento durante o ato, o presidente da CTB Minas, Marcelino da Rocha, externou a preocupação da central com relação ao momento que o País atravessa.

“A presidenta da República, Dilma Rousseff, não está sendo boicotada e golpeada pelos erros que cometeu, mas por ter feito um processo de inclusão, a partir do governo Lula, de milhões de brasileiros com o desenvolvimento econômico do Brasil. Ela está sendo derrubada porque hoje a empregada doméstica tem direitos trabalhistas e direito à carteira assinada, coisa que não havia antes. Ela está caindo porque criou o Prouni, que possibilitou a muitos filhos de trabalhadores ingressarem na universidade”, exemplificou.

Para Marcelino, o afastamento da presidenta Dilma, segundo ele, tramada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é uma ameaça efetiva à jovem democracia do País e, principalmente, aos direitos sociais e trabalhistas conquistados com muita luta pelo povo brasileiro.

“Mas, nós não vamos aceitar, vamos resistir e lutar pela democracia, por um País grande, desenvolvido e forte”, enfatizou o presidente da CTB Minas.

Durante o ato, dirigentes sindicais prestaram homenagem ao ex-presidente da CUT-MG Carlos Campos, que faleceu em janeiro deste ano.

Missa

A 40ª Missa pelo Dia do Trabalhador e em homenagem a São José Operário, foi presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, dom Joaquim Mol, e concelebrada por padres das 78 paróquias que integram a Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida (Rensa), que compreende as cidades de Belo Vale, Betim, Bonfim, Brumadinho, Contagem, Crucilândia, Esmeraldas, Ibirité, Moeda, Piedade dos Gerais, Rio Manso e Sarzedo.

Em entrevista coletiva antes da missa, Dom Joaquim Mol criticou o processo de impeachment contra a presidenta Dilma. “É claro que o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff tem uma vertente política muito forte. Ele é mais político do que jurídico. E politicamente ele não tem a força que deveria ter porque ele ameaça de certa forma a estrutura democrática dada ao país pela Constituição de 1988”, disse.

Dom Joaquim também citou denúncias de corrupção contra deputados e senadores que analisam o processo de impedimento da presidenta. “Nós precisamos acompanhar todos esses fatos, reconhecer esses fatos, reconhecer que mais de 50% das pessoas que julgam estão sendo julgadas pela Justiça por problemas de corrupção, envolvimento com outros crimes. Então, nós precisamos fazer com tudo isso não seja uma lamentação, mas uma purificação da democracia do país”, acrescentou.

Confira a cobertura fotográfica do ato e da missa aqui no Facebook do Sindicato.

Fonte: Imprensa do Sindicato.  

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