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O governo federal tem insistido para que todos os trabalhadores e trabalhadoras voltem ao trabalho, ignorando a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), seguida por países de todo o mundo, para conter a disseminação do novo coronavírus (Covid 19).
No entanto, o próprio governo acaba de decretar que os casos de contaminação pelo coronavírus não serão considerados ocupacionais, salvo quando comprovada a existência de nexo causal entre a doença e a realização do trabalho (Medida Provisória 927/20).
Com essa decisão, o governo simplesmente ignora os riscos aos trabalhadores e trabalhadoras e se preocupa apenas com a economia. Mas, se os trabalhadores e trabalhadoras adoecerem, quem manterá as empresas funcionando?
Para o Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, antes de qualquer coisa, é preciso se preocupar com a saúde e a vida das pessoas, que são as propulsoras da economia, e cabe ao governo tomar as medidas necessárias e urgentes para proteger a população.
Em todo o mundo, governos têm colocado em prática projetos nesse sentido, destinando recursos para conter a disseminação do vírus e garantir a saúde e sobrevivência das pessoas, especialmente das menos favorecidas. Somente nos Estados Unidos, o governo acaba de destinar 3 trilhões de dólares à população e o próprio presidente do país, a quem o governo brasileiro segue cegamente, enviou carta aos americanos pedindo para que fiquem em casa.
Quantos caixões o governo brasileiro está disposto a ver sair das casas para os cemitérios em prol da economia? Ao contrário do que tem pregado o presidente da República, garantir uma vida que seja importa. É preciso manter os empregos e a economia, mas não sem antes garantir a vida e a saúde!
Por isso, o Sindicato não apoia a campanha encabeçada pelo governo que incentiva o fim da quarentena e a volta ao trabalho, sem qualquer garantia aos trabalhadores e trabalhadoras.
Vale lembrar que, no fim de fevereiro, o prefeito de Milão, na Itália, defendia a mesma ideia agora copiada pelo governo brasileiro. O resultado todos nós já sabemos: milhares de mortos e infectados.
Fonte: Imprensa do Sindicato.