Sindicato dos Jornalistas repudia violência contra profissionais de imprensa e estudantes em BH

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A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a violência ao repórter fotográfico Denilton Dias, do jornal O Tempo, enquanto cobria uma manifestação realizada na última quarta-feira (12), no centro da Capital, contra o aumento das passagens de ônibus.

Nesta quinta-feira (13), Denilton prestou depoimento na 1ª Delegacia de Polícia. O depoimento foi acompanhado pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas, Kerison Lopes, e pelo ouvidor de polícia de Minas Gerais, Paulo Vaz Alckmim. Em seguida, o fotógrafo seguiu para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal.

Denilton foi atingido por disparo feito à queima-roupa pela Polícia Militar enquanto cobria o protesto popular. O Sindicato vai fazer uma representação à Promotoria de Direitos Humanos para que investigue esta e outras violências sofridas por jornalistas durante a manifestação e pede a todos os profissionais atingidos que também se manifestem, com depoimentos, fotografias e vídeos.

O Sindicato informa que vai tomar as medidas jurídicas cabíveis visando o fim da truculência policial contra jornalistas, que vem se tornando comum em Minas, restringindo o livre exercício da profissão.

Confira a nota divulgada pelo Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais:

“Nota de repúdio à Polícia Militar de Minas Gerais

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais repudia a violência praticada pela Polícia Militar na noite desta quarta-feira, 12 de agosto, durante manifestação no Centro de Belo Horizonte. Com desproporcional uso da força, os militares atacaram com bombas e balas de borracha jovens e adolescentes, que seguiam em ato pacífico contra o aumento das passagens no transporte coletivo.

Além de dezenas de jovens feridos, jornalistas que trabalhavam na cobertura também foram atacados. O repórter fotográfico do jornal O Tempo, Denilton Dias, foi baleado pelos policiais na perna, mesmo depois de apresentar sua identificação profissional.

Depois da dispersão, dezenas de manifestantes foram acuados e presos dentro do Hotel Sol e, novamente, a liberdade de imprensa foi atacada, já que os militares impediram os jornalistas de fazerem a cobertura jornalística naquele local.

O Sindicato dos Jornalistas não aceita a violência contra a imprensa livre. O ataque e intimidação a jornalistas é temerário no Estado democrático de direito, tendo em vista a necessidade de preservação da liberdade de expressão e das garantias constitucionais da atividade jornalística. Assim, o Sindicato exige uma resposta do Governo de Minas sobre o atentado contra a imprensa, assim como espera esclarecimentos sobre as demais denúncias de prisões arbitrárias e violações de Direitos Humanos durante a manifestação.

O Sindicato desde já coloca-se à disposição, com todo o suporte institucional e jurídico necessário, dos repórteres e demais profissionais de imprensa que eventualmente tenham sido impedidos de exercer a sua função durante a manifestação”.

Fonte: Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais.

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