Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais rechaça ameaça da Caixa de reduzir a jornada de trabalho e salários dos profissionais de vigilância

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A Caixa Econômica Federal (CEF) pretende reduzir a jornada de trabalho e os salários dos vigilantes que prestam serviços em suas agências a partir do dia 1º de agosto. A medida deverá prejudicar de 1.500 a 2.000 trabalhadores em todo o Estado.

A decisão da Caixa tem o objetivo de reduzir custos com o serviço de vigilância, atendendo a determinação do governo federal. A meta é manter  apenas um trabalhador com jornada de trabalho de 8 horas e 48 minutos nas agências; e reduzir a jornada de trabalho de outros dois trabalhadores para 6 horas, que passariam a trabalhar apenas entre as 10h e as 16h - tempo em que o banco permanece aberto ao público, na capital. Em cada agência, a Caixa deve manter ao menos três vigilantes.

Em reunião nesta terça-feira (9), em sua sede, em Belo Horizonte, com representantes do banco, de empresas de vigilância que prestam serviços à instituição, dentre elas a Shield, Esparta, Esquadra e Essencial, e de  dirigentes de entidades representativas da categoria em Montes Claros, Uberaba e Uberlândia (foto), a diretoria do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais rechaçou a possibilidade de ceder à intenção da Caixa.

"Essa medida, que tem origem na reforma trabalhista e agora o governo Bolsonaro tenta levar a cabo em todo o país, é mais uma afronta aos profissionais de vigilância privada, pois retira direitos e reduz salários", critica o presidente do Sindicato, Edilson Silva.

Retrocesso

Para debater o assunto e definir estratégias para impedir que a Caixa concretize sua intenção em Minas, as entidades representativas dos vigilantes vão realizar uma nova reunião na próxima semana.

"Não vamos aceitar mais essa tentativa de retrocesso nos direitos da categoria. Por isso, é fundamental que os trabalhadores e trabalhadoras se mobilizem e juntem-se aos sindicatos em mais essa luta. Também é fundamental que participem das reuniões que promoveremos nos próximos dias aqui na sede do Sindicato, em Belo Horizonte, e em cidades como Ubá, Varginha e Viçosa", convoca o secretário-geral do Sindicato e vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB Minas), Romualdo Alves Ribeiro.

Para ele, a Caixa é uma empresa 100% pública, que exerce um papel fundamental no desenvolvimento urbano e da justiça social do país, que prioriza setores como habitação, saneamento básico, infraestrutura e prestação de serviços, contribuindo significativamente para melhorar a vida das pessoas, principalmente as de baixa renda. "Por toda a sua importância para o país e o povo brasileiro, a Caixa também deveria respeitar e preservar os direitos de seus empregados, sejam eles diretos ou terceirizados".

Fonte: Imprensa do Sindicato.

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