Mobilização e união dos trabalhadores junto ao Sindicato são as saídas para barrar o fim da jornada de trabalho 12x36 horas

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A mobilização dos trabalhadores e a união junto ao Sindicato vão fazer a diferença na luta contra as investidas da patronal, que tenta a todo custo acabar com a jornada de trabalho de 12 X 36 horas.

Foi o que afirmaram o presidente do Sindicato, Romualdo Alves Ribeiro; o vice-presidente da entidade, José Carlos; e o diretor Edilson Silva, durante a assembleia sobre o tema, realizada pelo Sindicato na manhã desta quarta-feira (23), na Comunidade Luso-Brasileira, em Belo Horizonte.

A assembleia, que teve a presença de demais diretores do Sindicato, contou com a participação de cerca de 200 trabalhadores, que acompanharam atentamente e com apreensão as informações repassadas pela direção da entidade.

Segundo Silva, a patronal vem atentando contra a jornada de 12 por 36 horas em vários estados. “Em Goiás, os patrões quase conseguiram acabar com essa escala de trabalho, mas foram derrotados pelas entidades nacionais e interestaduais que representam os trabalhadores”, informou.

Ausência

O vice-presidente do Sindicato alertou que, além dos vigilantes que trabalham na escala 12 por 36 horas, os profissionais de vigilância que prestam serviços no setor bancário, em jornada normal, também poderão ser prejudicados com a redução salarial e de empregos, caso os patrões obtenham êxito na investida.

“Sentimos a ausência dos trabalhadores do setor bancário nesta assembleia. Se essa medida passa, ela prejudicará a todos. Trabalhadores do setor bancário acreditam que essa medida não vai atingi-los, mas, vale lembrar, que em uma instituição bancária a escala de trabalho 6X1 já vem sendo praticada e os trabalhadores tiveram perdas salariais. Portanto, essa é uma conquista de todos os trabalhadores, que deve ser defendida com todo vigor”, enfatizou José Carlos.

Participação

O presidente do Sindicato reforçou a necessidade e importância de os trabalhadores participem dos movimentos de resistência contra o fim da jornada de trabalho 12X36 horas. “Essa mudança só interessa aos patrões. Para barrarmos de vez qualquer tentativa de retrocesso e retirada de direitos, é preciso a união de todos junto ao Sindicato. E a mobilização deve começar já, com a participação em massa dos trabalhadores nas assembleias da Campanha Salarial, que serão realizadas de 9 a 21 de outubro na Capital e interior do Estado”.

Segundo ele, não há outra forma de evitar o retrocesso que não seja por meio da união e mobilização. “Se preciso, vamos organizar manifestações e até mesmo uma paralisação geral em Minas, pois não podemos admitir que ponham a mão nos nossos direitos”, acrescentou.

O fim da jornada 12X36 horas acarretaria sérios prejuízos aos trabalhadores. Além de enfrentarem uma jornada semanal de seis dias de trabalho e apenas um de descanso – o que é puxado e muito cansativo, também poderia haver redução de salário de, em média, 16,5%. Isso sem falar na possibilidade de perda do tíquete refeição, da intrajornada, do adicional noturno e até mesmo de demissões.

“O fim da jornada de trabalho 12X36 horas é apenas um dos direitos que os patrões estão tentando retirar dos trabalhadores. Portanto, temos que combater todas as tentativas de retirada de direitos dos trabalhadores, porque se a patronal vencer essa batalha, logo vai tentar outras e outras, de forma que em pouco tempo não teremos mais direito algum. E a única forma combater isso é a organização dos trabalhadores e disposição para ir às ruas, fechar as avenidas e até mesmo paralisar os bancos e empresas, se preciso, para demonstrarmos nossa insatisfação”, finalizou Romualdo.

Fonte: Imprensa do Sindicato.

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